Pálida, sob o luar dançava
ensandecida sorria
como criança brincava
rodopiando sem parar ela seguia...
Os anjos estavam lhe observando
os fantasmas a beijaram a face
e estremecendo com aqueles beijos gélidos
a louca donzela retribuía
Naquela mórbida dança
a moça se embriagava de loucura
banhando-se em sua tristeza
e sem nunca parar de rodopiar
Seus pulsos cheios de marcas
sangravam lentamente
seus cabelos negros como a noite
balançavam ao vento
Seus olhos verdes, estavam vermelhos
seu coração era um caleidoscópio negro
sua alma perdida implorava por ajuda
seu corpo estava enfraquecendo
Lentamente ela foi caindo
cessando sua dança
e ao nascer do Sol
não mais respirava
Seu corpo estava estendido no chão frio
agora sua alma é que rodopiava
seu fantasma beijava outras faces, seu espírito pela primeira vez sorria.