terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pálida sob o luar dançava



Pálida, sob o luar dançava
ensandecida sorria
como criança brincava
rodopiando sem parar ela seguia...

Os anjos estavam lhe observando
os fantasmas a beijaram a face
e estremecendo com aqueles beijos gélidos 
a louca donzela retribuía

Naquela mórbida dança
a moça se embriagava de loucura
banhando-se em sua tristeza
e sem nunca parar de rodopiar

Seus pulsos cheios de marcas
sangravam lentamente
seus cabelos negros como a noite
balançavam ao vento

Seus olhos verdes, estavam vermelhos
seu coração era um caleidoscópio negro
sua alma perdida implorava por ajuda 
seu corpo estava enfraquecendo

Lentamente ela foi caindo
cessando sua dança
e ao nascer do Sol
não mais respirava

Seu corpo estava estendido no chão frio
agora sua alma é que rodopiava
seu fantasma beijava outras faces, 

seu espírito pela primeira vez sorria.